Eii, Empreendedor! Imagine um mundo onde a única coisa que separa você do sucesso é a sua coragem de pensar diferente. Não estou falando de seguir fórmulas prontas ou trilhar os caminhos que outros já pavimentaram. Estou falando de criar sua própria estrada, mesmo que ela pareça impossível de ser construída.
John Mullins, professor da London Business School e palestrante do TED, trouxe à tona uma verdade poderosa: o empreendedorismo não é sobre seguir manuais. É sobre quebrar paradigmas, “pensar fora da caixa”, reescrever as regras e criar algo que realmente importa.
Hoje, quero compartilhar seis mentalidades citadas por Mullins, contra-convencionais e que redefinem o que significa ser um empreendedor de sucesso.
Mentalidades são aquelas atitudes, hábitos, pensamentos, inclinações mentais que, quando algo acontece, determinam de antemão a resposta que damos a esse algo que surge. E essas coisas, como nós empreendedores as chamamos, são oportunidades.
John Mullins
Elas vão desafiar o que você acha que sabe sobre sucesso e abrir novas possibilidades para criar impacto no mundo. Pronto para começar?
Sumário do Conteúdo
1. “Sim, nós podemos”: o poder de dizer ‘sim’ ao impossível.
O primeiro passo para o sucesso é simples, mas poderoso: diga “sim”. Não ao óbvio, não ao fácil, mas ao que parece impossível. Grandes empreendedores sabem que as oportunidades mais transformadoras muitas vezes chegam disfarçadas de desafios.
Quantas vezes você já se deparou com uma oportunidade que parecia grande demais, complexa demais ou fora do seu alcance? E quantas vezes o medo de falhar fez você dizer “não”? John Mullins fala que os empreendedores de sucesso não têm medo de dizer “sim” ao impossível.
Arnold Correia, CEO da ATMO Mídia Digital Corporativa , é um exemplo inspirador dessa mentalidade. Ele começou como um provedor de serviços de eventos, mas reinventou seu negócio quatro vezes ao aceitar desafios que estavam além de suas competências.
Quando um cliente pediu que ele instalasse televisores em 260 lojas espalhadas pelo Brasil para transmitir treinamentos via satélite, Arnold poderia ter recuado. Ele não sabia nada sobre tecnologia de satélite e nunca havia operado fora de São Paulo. Mas ele disse “sim”.
Essa decisão não só transformou seu negócio, mas também abriu portas para novas oportunidades.
Pense nisso: quantas vezes você já disse “não” por medo de não estar preparado? Talvez esteja na hora de mudar. O “sim” pode ser o início de algo extraordinário.
2. “Problemas antes de produtos: resolvendo dores reais”
A maioria das grandes empresas gasta tempo criando produtos e depois tenta convencer o mercado de que eles são necessários. Mas os empreendedores verdadeiramente inovadores fazem o oposto: eles começam com o problema.
John Thorne, um inventor visionário, identificou uma dor específica enfrentada por cirurgiões: os fórceps, ferramenta essencial em cirurgias, frequentemente grudavam nos tecidos humanos, causando frustração e erros. Ele desenvolveu um material inovador para resolver esse problema. Mas Thorne não parou por aí. Percebeu que o mercado de cirurgiões plásticos era limitado e encontrou uma oportunidade ainda maior com neurocirurgiões, onde a precisão é vital.
A lição aqui é a seguinte: não crie algo só para impressionar. Crie para resolver. Pergunte a si mesmo: qual dor real você pode aliviar? As pessoas não compram produtos; elas compram soluções para seus problemas.
3. “Pense pequeno, alcance o grande: o valor de começar com foco”
A tentação de mirar alto e abraçar o mundo é real. Mas John Mullins mostra que os empreendedores mais bem-sucedidos começam pequenos, com foco. Eles não tentam agradar a todos, mas dominam um nicho específico antes de expandir.
Phil Knight e Bill Bowerman, fundadores da Nike, entenderam isso perfeitamente. Eles não começaram como um gigante global. Seu foco inicial era resolver um problema enfrentado por corredores de longa distância: os tênis disponíveis na época eram feitos para velocistas, não para quem corria em terrenos irregulares. Eles criaram um tênis com mais estabilidade, conforto e leveza, projetado exclusivamente para esse público.
Bem, todos sabemos o que aconteceu com a Nike, certo? Depois de dominarem um nicho, expandiram para outros esportes, como tênis com John McEnroe, e basquete com Michael Jordan. Hoje, a Nike é líder global.
John Mullins
Esse início focado deu à Nike a base sólida para crescer e se tornar a potência global que conhecemos hoje. E você? Será que está tentando fazer tudo de uma vez sem dominar seu espaço? Começar pequeno não é uma limitação; é uma estratégia inteligente.
4. “Dinheiro na mesa: a arte de financiar sonhos antes de realizá-los”
Você acredita que precisa de um grande investimento para começar? Elon Musk e a equipe da Tesla provam o contrário. Eles não esperaram ter carros prontos para vendê-los. Em vez disso, organizaram um evento para potenciais clientes e venderam 100 Roadsters por 100 mil dólares cada. Resultado? 10 milhões de dólares no banco antes mesmo de fabricarem o primeiro carro.
Mais tarde, com o Model 3, repetiram a estratégia: meio milhão de pessoas pagaram depósitos de mil dólares cada antes de o carro estar pronto. Com isso, levantaram 500 milhões de dólares para financiar o projeto.
A mensagem para você, empreendedor, é simples: venda sua visão antes de construir. Se o sonho for grande o suficiente, as pessoas acreditarão nele.
5. “Empreste, não roube: o poder de usar o que você já tem”
Nem sempre você precisa construir tudo do zero. Às vezes, a chave está em usar os recursos que já estão disponíveis, mas de forma criativa.
Tristram e Rebecca Mayhew, fundadores da Go Ape, entenderam isso perfeitamente. Eles queriam criar um parque de aventuras nas árvores, mas não tinham terras ou dinheiro suficiente. Então, fizeram um acordo com a Comissão Florestal do Reino Unido, que já possuía florestas e queria aumentar a visitação.
Com esse acordo, construíram um negócio de sucesso, usando árvores, estacionamentos e banheiros já existentes. O que você pode “emprestar” para transformar sua ideia em realidade?
6. “Agir antes de pedir permissão: coragem para desafiar o status quo”
Regras existem para manter a ordem, mas também podem ser barreiras para a inovação. John Mullins deixa claro que os empreendedores ousados não esperam por permissão; eles agem.
Travis Kalanick e Garrett Camp, fundadores do Uber, sabiam que pedir autorização para lançar um serviço de transporte sem táxis seria impossível. Reguladores de São Francisco certamente teriam rejeitado a ideia. Então, em vez de esperar, eles simplesmente começaram.
Essa abordagem disruptiva enfrentou resistência, é claro, mas também revolucionou a forma como pensamos sobre mobilidade urbana. Embora o caminho do Uber tenha sido controverso, a lição é clara: se você tem uma visão que pode transformar o mercado, não deixe o medo do “não” paralisá-lo.
Agora, pergunte-se: o que você faria se não tivesse medo de desafiar o status quo? Talvez a única coisa que esteja faltando seja a coragem de começar.
Conclusão: Empreender não é para os fracos de coração
Empreender não é para os fracos de coração. É preciso coragem, visão e, acima de tudo, ação. Essas seis mentalidades não são apenas estratégias de negócio; elas são convites para que você mude a maneira como enxerga o mundo e sua própria capacidade de criar impacto.
As seis mentalidades de John Mullins nos mostram que o sucesso não está em seguir regras, mas em reescrevê-las.
Agora, eu te pergunto: qual dessas mentalidades ressoou mais com você? Talvez seja hora de dizer “sim” a algo que parece desafiador. Talvez seja hora de resolver uma dor real ou de simplesmente agir, mesmo sem permissão.
O mundo não precisa de mais ideias que ficam no papel. Ele precisa de pessoas que têm coragem de transformá-las em realidade. Você está pronto? O próximo passo está em suas mãos. O que você fará com ele?
